quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cirurgia sem cortes facilita tratamento de hérnias

Mais rapidez, menos dor e menor chance de retorno da doença são alguns dos benefícios do tratamento laparoscópico
Para aqueles que sofrem com dores na parede abdominal acarretadas pelo surgimento de uma hérnia ventral ou incisional, o tratamento laparoscópico, que consiste em uma cirurgia com pequenos orifícios, pode ser uma boa opção. O procedimento diminui o mal estar e a sensação de peso causada pela doença, sendo um método facilitador da recuperação do paciente. “O período de internamento é menor do que o de uma cirurgia convencional. Normalmente a alta é dada no mesmo dia ou com 24 horas, e o retorno às atividades é mais rápido”, esclarece o cirurgião geral responsável pelo Centro de Tratamento e Pesquisa das Hérnias do Hospital São Rafael, João Ettinger, que também é cirurgião do aparelho digestivo.

De acordo com Ettinger, outra vantagem da laparoscopia no tratamento das hérnias é a redução das complicações da ferida cirúrgica. “Há sempre uma satisfação muito grande por parte dos pacientes em relação às diminutas incisões, o que não ocorre na cirurgia convencional”, destaca o médico. Na cirurgia laparoscópica, a probabilidade de recidiva é menor do que 10% enquanto na convencional é de 20 a 40 %. Na maioria dos casos de hérnia, o tratamento pode ser feito por laparoscopia, exceto nas muito volumosas com perda do domicílio, que é quando o médico não consegue colocar o conteúdo do saco herniário de volta na cavidade abdominal.
Em Salvador, alguns hospitais realizam a cirurgia de hérnia convencional pelo Sistema Único de Saúde, aquela já conhecida de muitos pacientes, que é feita com cortes. Já a laparoscopia de hérnias é realizada em hospitais e clínicas especializadas por convênios (planos de saúde) e particular. “Ainda não é oferecida pelo SUS, devido aos altos custos do procedimento”, conta Ettinger.

Em que consiste a hérnia?
A hérnia, caracterizada por um defeito na parede abdominal, é um orifício que atravessa a musculatura que reveste a cavidade abdominal. Ela pode ser umbilical, inguinal (da virilha), incisional (ocorrem após cirurgias no abdômen), epigástricas, lombares e de hiato com refluxo gastro-esofágico. Os principais sintomas são dor na parede abdominal, sensação de peso e um caroço que aparece no abdômen após esforços físicos.

Para que ocorra uma hérnia é necessário que a parede abdominal se rompa, o que geralmente ocorre em pessoas que já têm alguma debilidade na parede abdominal e são submetidas a um aumento da pressão intrabdominal por esforço físico demasiado ou por elevação da pressão causada por doenças como cirrose, que causam ascite, acúmulo de líquido dentro da cavidade abdominal.

Caso o paciente demore em iniciar o tratamento pode acontecer o estrangulamento, que ocorre quando um segmento de intestino passa através do orifício herniário, causando, assim, dificuldade na circulação sanguínea deste segmento. Outra possibilidade neste sentido é a necrose intestinal com perfuração, o que pode levar à septicemia (infecção geral grave do organismo causado por germes patogênicos) e até à morte do paciente.

O ideal é que o diagnóstico seja feito o quanto antes e o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. “A cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica) para o tratamento de hérnias incisionais e ventrais é um método que vai se difundir muito, já que vem tendo grande aceitação por parte dos cirurgiões. Com a maior aquiescência e realização do método, os custos tenderão a se tornar mais baixos, pois os materiais como tela, grampeador e o set de videolaparoscopia ainda encarecem o procedimento, pois são importados, Além disso, o cirurgião tem que ter experiência e treinamento em cirurgia laparoscópica avançada”, conta João Ettinger.

**João Ettinger é médico cirurgião geral e do aparelho digestivo com atuação em cirurgia bariátrica, hérnias e cirurgia laparoscópica, com doutorado em Medicina Interna pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, professor adjunto de cirurgia da Escola Bahiana de Medicina, Coordenador do Fellowship de Cirurgia Bariátrica do Hospital São Rafael, e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. Em 2010, tomou posse como Mestre (presidente) do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Regional Bahia.
Elena Martinez

3 comentários:

SESI 416 disse...

Para o Dr. João Ettinger:
Olá De. João, tenho 33 anos, sou vaidosa, DESCOBRI QUE TENHO 3 HÉRNIAS NO ABDÔMEN (1 umbilical e mais 2 acima). O Médico/Gastro em que Passei quer fazer a cirurgia e um corte de "fora à fora" na vertical no meu abdômen... Fiquei triste com a notícia... São 3 hernias pequenas, mas que precisam de cirurgia. Gostaria de saber se para o meu caso é possível fazer cirurgia com Videolaparoscopia ou com plástica???
Tenho o abdomen bonito sem precisar malhar, sou magra (53kg p/ 1,63 cm Alt.), acredito que possa existir outros meios, o Dr. Pode me orientar e ajudar? Sou de São Paulo e não faço idéia de quem procurar.
Patricia Sousa
patycomercial.sp@gmail.com

SESI 416 disse...

Para o Dr. João Ettinger:
Olá De. João, tenho 33 anos, sou vaidosa, DESCOBRI QUE TENHO 3 HÉRNIAS NO ABDÔMEN (1 umbilical e mais 2 acima). O Médico/Gastro em que Passei quer fazer a cirurgia e um corte de "fora à fora" na vertical no meu abdômen... Fiquei triste com a notícia... São 3 hernias pequenas, mas que precisam de cirurgia. Gostaria de saber se para o meu caso é possível fazer cirurgia com Videolaparoscopia ou com plástica???
Tenho o abdomen bonito sem precisar malhar, sou magra (53kg p/ 1,63 cm Alt.), acredito que possa existir outros meios, o Dr. Pode me orientar e ajudar? Sou de São Paulo e não faço idéia de quem procurar.
Patricia Sousa
patycomercial.sp@gmail.com

Carlos Eduardo de moura disse...

no caso de hernia inguinal,é possivel operar sem cortes,e se não,no meu caso tenho duas,e no meu trabalho não faço nenhum esforço,qual o prazo minimo pra recuperação