sábado, 24 de outubro de 2009

Caminhada Ecológica no Parque do Abaeté

Andar pelos areais do Parque do Abaeté vai passar a ser uma atividade educativa, integrada integrada à comunidade local. O projeto está sendo discutido entre a administração do parque, Ongs ligadas ao meio ambiente, gestores da Área de Proteção Ambiental (APA) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O roteiro da ecotrilha inclui a lagoa, além da fauna e flora locais, proporcionando contato com um variado conjunto de belezas naturais. "A ecotrilha vai trazer um beneficio para a comunidade, pois será selecionado um grupo de pessoas para receber capacitação, com objetivo de acompanhar os visitantes", explica o coordenador do parque, José Jorge Lopes.

Segundo ele, serão convidadas várias entidades para discutir questões em defesa ao meio ambiente e todos os problemas da comunidade local, como segurança, saúde, preservação do verde e meios naturais.

"Já foram colocados refletores na área do parque para reforçar a segurança, além da parceria com a 15º Companhia do Esquadrão da Polícia Montada e a vigilância patrimonial, que dispõe de 34 vigilantes", diz Jorge.

Na ecotrilha, além de informações de cunho educacional, os visitantes vão receber orientações sobre a prservação da natureza. Para o gestor da APA do Abaeté, Franklin Molinari essa atividade deve ser realizada com alguns cuidados, para que não haja impactos na vegetação.

"O parque possui uma área preservada de 1.800 hectares, com uma vegetação de restinga que ocupa uma boa parte das áreas das dunas. A principal característica é a sobrevivência pela alta taxa de isolação e fácil absorção de água, apesar do solo possuir poucos nutrientes e a vegetação ser frágil", diz Molinari.

Elena Martinez

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Jardim Zoológico recebe animais ameaçados de extinção

Cinco espécies ameaçadas de extinção foram trazidas da Fundação Rio Zoo (Zoológico do Rio de Janeiro) para o Jardim Zoológico de Salvador. A ação pretende fazer com que esses animais, típicos da fauna brasileira, reproduzam e possam ser encaminhados, por meio do Programa de Reintrodução, ao seu habitat natural. O programa é coordenado pelo grupo de manejo do Ibama.Os novos moradores do Zoo são um lobo guará (fêmea), uma anta (fêmea), uma coruja buraqueira (fêmea), um cervo do pantanal (fêmea) e um casal de macaco da noite.

Alguns desses animais já podem ser vistos em seus recintos e estão à espera do macho, que chegará em breve, para a reprodução. Outros ainda passam pelo período de observação, chamado de quarentena.“Nesse período, será realizada uma série de exames e o animal vai ficar em observação. Vamos verificar seu estado de saúde e só depois ele será colocado junto aos outros”, diz a veterinária, Marta Calazans.

A direção do Zoo adotou alguns cuidados para que os novos moradores se sintam “em casa”. Foi feito um levantamento do espaço onde o animal será colocado, observando alguns aspectos como: a qualidade do recinto, se existe lugar para caçar, para fazer o ninho, disponibilidade de chocadeira elétrica, alimentação adequada etc. “Esses e outros fatores checados para receber os animais com segurança e bem-estar”, explica o diretor do Zoo, Gerson Norberto.

Cuidados - O Programa de Reintrodução tem ajudado a reinserir o animal no seu habitat, onde a espécie foi extinta. As reintroduções, no entanto, somente obterão sucesso se as causas originais da extinção tiverem sido removidas ou puderem ser controladas. “Além disso, o habitat precisa apresentar todos as condições específicas necessárias”, garante o diretor do Zoo.

Ele lembra que, para a reinserção dar certo, é necessário levar em conta alguns aspectos e conhecer as necessidades biológicas do animal. “É bom saber a idade ideal, a proporção sexual ideal, estação do ano e técnicas de captura e transporte”, diz. Segundo ele, é interessante também livrar os bichos de doenças e parasitas, proporcionar aclimatação e ajudar os animais na aprendizagem de vários comportamentos, necessários à sua sobrevivência.
(Matéria e fotos publicada no site da SEMA , Agecom, Zoo e Diário Oficial)



Elena Martinez

sexta-feira, 15 de maio de 2009

"A arte é a única que não está em crise”

Nascida no município de Iguaí, na Bahia, a economista e coordenadora da Feira Reviva Parque, Ana Javes, 52 anos, reaproveita retalhos, barbantes, feltros e malhas para produzir colares coloridos.

O adereço, que começou a ser feito há seis anos como forma de terapia, já se revelou um grande sucesso. O colar é bastante procurado na feira por dar um tchan a mais às roupas simples, tornando-as chiques e alegres.
Preocupada em passar sua arte adiante, Ana ensinou, em dezembro do ano passado, como confeccionar o colar a moradores de Feira de Santana, Conceição do Jacuípe e Irará, além da comunidade do entorno do parque.
Formada em Economia pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), Ana já morou em diversos lugares, conhecendo várias culturas. Deve ser por isso que criatividade é o que não falta nessa baiana.
Além de vários lugares do Brasil, ela conhece Israel, Índia e Estados Unidos. Em suas viagens, sempre visita as feiras ecológicas. “Hoje tenho o conhecimento necessário para desenvolver ações que possam atrair para a Bahia feiras até de médio porte, com foco socioambiental”, diz.
Através do apoio da Sema, Ana já conseguiu ampliar o número de barracas da feira. Antes, eram 15, hoje já somam 100. “A feira tem sido uma grande aliada no processo de revitalização do parque”, disse.

Com atrações como palhaços, mímicos e peças de teatro, a Feira Reviva Parque acontece todos os domingos, das 8h às 14h, no Parque de Pituaçu.

“A cada semana, tem aumentado o número de pessoas que visitam o parque e dão uma passadinha na feira”, conta.

Elena Martinez

Zoológico participa da Semana Nacional de Museus

O Jardim Zoológico de Salvador faz sua estreia esse ano na programação da Semana Nacional de Museus, que acontece de 19 a 23 de maio na maioria dos museus do país. O evento busca incentivar a troca de experiências entre museu e sociedade, aliando preservação e difusão cultural.

A programação inclui palestras sobre temas como legislação ambiental, ecoturismo e tráfico de animais silvestres, museus e turismo no meio ambiente, dentre outros.
Haverá ainda uma exposição da fauna e da flora brasileiras – com reprodução do ambiente onde os animais vivem -, visitas guiadas, exibição de documentário e oficinas de pintura. Além da apresentação de grupos de capoeira e bumba-meu-boi.

Museu do meio ambiente - Segundo Vinicius Dantas, veterinário e coordenador técnico do Jardim Zoológico de Salvador, a participação do zoo é muito importante. “O evento serve para mostrar uma boa parte do trabalho desenvolvido aqui, levando às pessoas o conhecimento ambiental e a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente”, disse.
Segundo Márcia Alves, museóloga do zoo, essa é uma boa oportunidade para a população conhecer mais sobre a fauna. “Temos um museu com animais taxidermizados e uma coleção de crânios de animais. O evento disponibiliza condições para um maior conhecimento sobre o assunto”, explica.

A Semana Nacional de Museus acontece sempre no mês de maio e envolve a maioria dos museus país. Durante uma semana, nesses locais, são apresentadas palestras, shows, workshops e seminários, juntos com apresentações culturais.

A programação da Semana Nacional de Museus no Zoo de Salvador pode ser conferida no site http://www.zoo.ba.gov.br/ , já a programação nos diversos museus do estado pode ser vista no site http://www.ipac.ba.gov.br/.
Clique aqui para conferir a programação no Zoo.

(Matéria publicada no site da Sema, Agecom, Zoo e Diário Oficial)

Elena Martinez

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Zoológico reabre para visitação

Após cinco dias fechado, o Jardim Zoológico reabriu dia 27 para visitação pública. O fechamento foi necessário para que os estragos causados pela chuva, que caiu em Salvador na semana passada, pudessem ser consertados. Durante esse período, o parque passou por uma minirreforma.

Foram realizados serviços em todo ambiente interno como o desentupimento de calhas - que ficaram cheias de barro -, reconstrução da trilha de pedras por onde circulam os visitantes, troca de telas das jaulas, troca das águas dos animais e recuperação dos tanques, além da retirada das árvores caídas.


“O parque teve que ser fechado por questões de segurança, o terreno estava escorregadio tornando o acesso perigoso para os visitantes. Retomamos as atividades com segurança e com o espaço totalmente limpo”, disse o diretor do Zoológico, Gerson Norberto.

De acordo com o veterinário e técnico do Zoo, Vinicius Dantas, uma parte dos animais – algumas aves, felinos (gato maracajá) e primatas (macaco-prego) – ainda vão permanecer por um tempo fora dos seus recintos originais.

Eles foram levados para o setor extra do Zoo, para que fosse feita a limpeza completa do ambiente. “Os animais passaram por observação, estão bem de saúde e vão voltar gradativamente para o local onde habitam”, explicou.

O Zoo é uma das mais procuradas opções de lazer pela população de Salvador. A entrada é gratuita e ele chega a receber cerca de 30 mil visitantes por mês. Localizado em Ondina, o parque abriga 108 espécies de animais, entre mamíferos, répteis e aves, além de uma rica flora.

(Matéria publicada no site da Sema, Agecom, Zoo e Diário Oficial)

Elena Martinez

domingo, 26 de abril de 2009

Zoo realiza curso de capacitação para manejo de animais silvestres

Mudar os animais silvestres de local necessita de técnica para capturar, imobilizar e transferir o bicho com segurança e bem-estar. Com base nisso, a equipe do Parque Zoobotânico de Salvador realizou mais uma edição do curso de capacitação básica para manejo de animais silvestres. Desta vez, o curso contou com a participação de policiais da Companhia de Proteção Ambiental (Coppa), Bombeiros, Polícia Federal, Exército e Polícia Rodoviária, que realizaram o curso no Zoo, em Ondina.

A participação dos policiais no curso deve-se ao fato de que, diariamente, eles lidam com situações como imobilização de animais nas rodovias, matas de treinamento e em casos de apreensão. Segundo o policial rodoviário federal, Paulo de Tarso, o curso ampliou o conhecimento na forma de manipular e transportar o animal. “Com isso, podemos cuidar melhor dos animais e levar mais segurança para a população”, afimou.

Essa é a primeira vez que a polícia está participando em parceria com o Zoológico. A iniciativa deve acontecer mais vezes, disse o coordenador do parque, Gerson Norberto. O curso contou com aulas práticas e teóricas de manejo de animais, como jacaré, serpentes, aves e cervo (veado catingueiro), entre outros. “Todos aprenderam a fazer contenção química (anestesia) e contenção física, com o uso de cordas e caixas”, explicou o veterinário do Zoo, Vinícius Dantas, que ministrou o curso.

Para o veterinário e primeiro-tenente do Exército, Alexandre de Barros Leite, o evento se revelou uma ótima experiência e uma das preocupações foi o ensinamento de técnicas para não machucar o animal durante o transporte. “No momento de sedá-lo o bicho fica estressado, além de ser muito rápido. Se não forem adotados alguns cuidados, ele pode se machucar”, lembrou.
De acordo com Gerson Norberto, o curso é aberto a qualquer instituição que trabalhe com a fauna e solicite esse tipo de capacitação. “O curso é realizado desde 2007 e já teve a participação de veterinários, agentes policiais e bombeiros, entre outros”, informou.

Fauna Rica - O Zoo de Salvador possui uma grande variedade de animais distribuídos em aproximadamente 250 mil metros quadrados de área verde. São 45 espécies de aves, 25 de répteis e 38 de mamíferos - entre leões, tigres, macacos, zebras, camelos, girafas e hipopótamos.
Um total de 108 espécies habitam atualmente o parque, 78 pertencem à fauna brasileira sendo que 18 estão ameaçadas de extinção no seu ambiente natural. O Zoo está aberto para visitas de terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h.

(Matéria publicada no site da Sema, Agecom, Zoo e no jornal Diário Oficial)

Elena Martinez

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Parques de Pituaçu e do Abaeté estão entre os pontos mágicos de Salvador

Os parques metropolitanos de Pituaçu e do Abaeté, administrados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), fazem parte dos locais de Salvador que participam do concurso 7 Pontos Mágicos de Salvador. Criado pela prefeitura, o concurso visa eleger sete pontos da cidade, entre 14 previamente escolhidos, como os mais bonitos da capital baiana.

A votação vai até o dia 25 deste mês e os internautas do mundo inteiro, podem votar através do site http://www.7pontosmagicosdesalvador.com.br/ .

Inspiração de artistas como Dorival Caymmi, Jorge Amado, Vinícius de Moraes, Carybé e Mário Cravo, os dois parques valorizam e enriquecem o cenário da cidade e estão localizados em duas das mais importantes áreas de preservação ambiental de Salvador.

Pulmão verde - Criado em setembro de 1973, o Parque Metropolitano de Pituaçu possui uma área de 450 hectares preservada, com uma grande diversidade de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.Maior área verde de uso público de Salvador, Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana. Ele tem uma infra-estrutura que permite, ao mesmo tempo, o uso pela população e a preservação do espaço.

A lagoa, no centro do parque, surgiu artificialmente em 1906, com a construção da barragem do Rio Pituaçu, que abastecia Salvador. Circundada por uma ciclovia de 15 quilômetros de extensão, a lagoa se assemelha a um trevo e tem quatro quilômetros de extensão e 200 mil metros quadrados de espelho d’água.

Entre as opções de lazer, o parque oferece pista de cooper, píer com pedalinhos, playground, bares, restaurantes e lanchonetes, sorveteria, quiosques de água de coco e acarajé, além de esculturas do acervo do artista Mário Cravo.

Lagoa escura – O Parque Metropolitano Dunas e Lagoas do Abaeté é um dos maiores centros de lazer ecológico do Nordeste do país. Montado sobre 225 hectares de área urbanizada, ele foi criado para proteger um dos mais belos locais da cidade, que vinha sofrendo um intenso processo de depredação e ocupação predatória.

A urbanização e a recuperação paisagística do parque levaram ao local arborização, gramado, caminhos para a circulação de pedestres e diversos equipamentos de lazer, como bares, restaurantes e espaço para shows.

A Lagoa do Abaeté é um dos principais cartões postais da cidade. Rodeadas por um vasto areal branco, suas águas escuras, com diferentes níveis de temperatura, são o resultado de antigos rios que corriam na região e das águas da chuva.

(Matéria publicada no site da Sema, Agecom e no Diário Oficial)

Elena Martinez

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Programa Band Verão 2009 grava no Parque do Abaeté

O sandboard (surf na areia), praticado nas dunas do Parque do Abaeté, e as “Ganhadeiras de Itapuã” serão atrações do Programa Band Verão 2009, que será exibido pela TV Bandeirantes, em todo país, no dia 16 de fevereiro, às 22h20. Apresentado por Otávio Mesquita, o programa ocupa o lugar do CQC, que entrou de férias na grade da emissora.

Mesquita e sua equipe estiveram semana passada no Parque do Abaeté, em Itapuã, realizando as gravações com o pessoal do sandboard e com as baianas do grupo Ganhadeiras de Itapuã, que conta com 40 integrantes e alia música, dança e teatro.

(Matéria publicada no site da Sema)

Elena Martinez

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Curso capacita guardas para atuar no Parque do Conduru

Qualificar mão-de-obra para proteção de parques, reservas ecológicas e áreas de preservação ambiental (APAs) foi o principal objetivo do curso ministrado pelo Instituto Floresta Viva, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

Ministrado por especialistas em meio ambiente da região e tendo como público-alvo os guardas que atuam no Parque do Conduru - que abrange áreas das cidades de Itacaré, Ilhéus e Uruçuca -, o curso abordou temas como noções de ecologia, restauração ambiental, crimes ambientais e aspecto e planejamento de unidades de conservação.

“Foi bastante proveitoso, aprendemos como montar trilha, conduzir e fazer a apresentação do parque aos visitantes” conta Marival Santos, 46 anos, um dos 28 participantes do evento. Os guardas tiveram ainda aula de primeiros socorros, ministrada pelo sargento Viveiros, do Corpo de Bombeiros de Ilhéus.

O grupo de guardas do Conduru é formado basicamente por moradores e pequenos agricultores de localidades do entorno do parque. “O importante é capacitá-los para ter consciência da preservação do uso do solo, proteção da fauna, flora, água e de outros recursos e belezas naturais”, disse Marcelo Barreto, coordenador do parque e um dos palestrantes do curso.

De acordo com Lucélia Berbert, coordenadora do Instituto Floresta Viva, o importante do curso foi preparar os guardas para proteção das unidades onde eles trabalham, esclarecendo melhor suas funções e a importância do trabalho na preservação. “Bem preparados e conscientes da defesa do meio ambiente, eles podem desempenhar melhor o seu papel”, disse Lucélia.

O Conduru recebe cerca de 600 mil visitantes por ano e mantém suas portas abertas para fins científicos, educacionais, culturais e turísticos. O parque concentra a terceira maior biodiversidade do mundo, com uma floresta que possui 458 espécies de árvores por hectare.

(Matéria publicada no site da Sema, Agecom e Diário Oficial)

Elena Martinez

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Surf na areia ajuda a preservar dunas do Parque do Abaeté

Surfar na areia parece estranho, mas para Cléber Araújo, Wendel de Jesus (Pulga) e Jailson Bispo (Jai) - moradores do bairro de Nova Brasília e praticantes do sandboard (surf na areia) – é adrenalina, emoção e muita consciência ecológica.

Com a prancha nos pés, eles se divertem, treinam para campeonatos e ajudam a preservar o ambiente através do projeto "Amigo das Dunas", criado por Cléber e outros moradores do local, praticantes do esporte, para conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação do Parque do Abaeté.

Eles treinam três vezes por semana nas dunas da extinta lagoa de Dois Dois, cerca de 1,5 quilômetro da Lagoa do Abaeté. Nos dias de treino, recolhem o lixo acumulado, aliando a prática do esporte à preservação ambiental.

Nascido e criado em Nova Brasília, Cléber destaca a importância da preservação da área. "Com o esporte, procuramos conscientizar a comunidade para cuidar bem do local. Se perdermos as dunas, perdemos o sandboard. Esta foi uma forma que achamos de preservação do local, para que ele não tenha o mesmo destino da antiga lagoa de Dois Dois", diz.

Subida a pé – Durante os treinos, chegar ao topo da duna não é fácil. O percurso é cansativo e exige preparo físico. "O segredo é subir na ponta do pé a trilha de areal", explica Cléber. Algumas dunas chegam a ter 150 metros de altura. No meio da subida, algumas paradas, para catar o lixo encontrado. Balde, garrafas pet, sacos plásticos e sacos de cimento são comuns no local.

Cléber, 28 anos, treina no local há 14 anos e é campeão nordestino de 2005 e tricampeão baiano de sandboard. Pulga, 15 anos, e Jai, 16 anos, são alunos dele e ajudam a divulgar o esporte, incentivando outras crianças de Nova Brasília a praticar o sandboard. Em época de competição, as provas são realizadas no local conhecido como 'Duna do Hawaizinho", na Avenida Dorival Caymmi, em Itapuã.

Sem prejuízo - Para a coordenadora do Parque do Abaeté, Georgina Boa Morte, a prática do esporte não traz prejuízo para o meio ambiente. Pelo contrário, ajuda na preservação do local. "A consciência ecológica e a preocupação deles com as dunas é muito grande. Até porque sem elas não tem como praticar o esporte. É muito interessante o trabalho que eles desenvolvem junto à comunidade", conta.

O Gestor da Área de Preservação Ambiental (APA), Franklin Mollinari, explica que existem vários tipos de dunas e o local onde o sandboard é praticado fica distante da área da lagoa. "Não há vegetação nessa região, somente areia", afirma.

(Matéria e fotos feitas por mim, durante o estágio na Assessoria de Comunicação da Secretária do Meio Ambiente - ASCOM /SEMA. Publicada no site da Agecom, da SEMA e no Diário Oficial do dia 29/01/2009 )

Elena Martinez