quarta-feira, 3 de junho de 2009

Jardim Zoológico recebe animais ameaçados de extinção

Cinco espécies ameaçadas de extinção foram trazidas da Fundação Rio Zoo (Zoológico do Rio de Janeiro) para o Jardim Zoológico de Salvador. A ação pretende fazer com que esses animais, típicos da fauna brasileira, reproduzam e possam ser encaminhados, por meio do Programa de Reintrodução, ao seu habitat natural. O programa é coordenado pelo grupo de manejo do Ibama.Os novos moradores do Zoo são um lobo guará (fêmea), uma anta (fêmea), uma coruja buraqueira (fêmea), um cervo do pantanal (fêmea) e um casal de macaco da noite.

Alguns desses animais já podem ser vistos em seus recintos e estão à espera do macho, que chegará em breve, para a reprodução. Outros ainda passam pelo período de observação, chamado de quarentena.“Nesse período, será realizada uma série de exames e o animal vai ficar em observação. Vamos verificar seu estado de saúde e só depois ele será colocado junto aos outros”, diz a veterinária, Marta Calazans.

A direção do Zoo adotou alguns cuidados para que os novos moradores se sintam “em casa”. Foi feito um levantamento do espaço onde o animal será colocado, observando alguns aspectos como: a qualidade do recinto, se existe lugar para caçar, para fazer o ninho, disponibilidade de chocadeira elétrica, alimentação adequada etc. “Esses e outros fatores checados para receber os animais com segurança e bem-estar”, explica o diretor do Zoo, Gerson Norberto.

Cuidados - O Programa de Reintrodução tem ajudado a reinserir o animal no seu habitat, onde a espécie foi extinta. As reintroduções, no entanto, somente obterão sucesso se as causas originais da extinção tiverem sido removidas ou puderem ser controladas. “Além disso, o habitat precisa apresentar todos as condições específicas necessárias”, garante o diretor do Zoo.

Ele lembra que, para a reinserção dar certo, é necessário levar em conta alguns aspectos e conhecer as necessidades biológicas do animal. “É bom saber a idade ideal, a proporção sexual ideal, estação do ano e técnicas de captura e transporte”, diz. Segundo ele, é interessante também livrar os bichos de doenças e parasitas, proporcionar aclimatação e ajudar os animais na aprendizagem de vários comportamentos, necessários à sua sobrevivência.
(Matéria e fotos publicada no site da SEMA , Agecom, Zoo e Diário Oficial)



Elena Martinez