
Será que as mulheres preferem mesmo os cafajestes? Essa deveria ser uma das principais indagações dos personagens machistas de carteirinha Onório, Estevão, Alencar e Alfredinho. Já que se dizem tão interessantes por serem assim, deveriam explicar o motivo que atraem as mulheres a ficarem tão interessada por este esteriótipo de homem, cada vez mais presente na nossa sociedade, principalmente aqui em Salvador, onde se criou o espetáculo.
O enredo da apresentação retrata o desespero dos homens com a eleição de uma mulher para presidente da República, os quatro machistas fazem muito deboche e pregam que mulher de verdade não tem que ter vaidade e tem que saber lavar, passar e cozinhar, ou seja a famosa Amélia.
Mas como musical, foi de muito bom gosto e bem relacionada a trilha sonora do espetáculo. No roteiro estão músicas que tratam da visão e do universo masculino como as canções Emília [Wilson Batista/Haroldo Lobo], Ai que Saudades da Amélia [Ataulfo Alves/Mário Lago], Perfídia [Alberto Dominguez/ vs. Altemar Dutra], Mesmo que Seja Eu [Erasmo Carlos/Roberto Carlos], Elegia [Caetano Veloso], Chocante [Eduardo Dusek ], Pra Virar Lobisomem [Cecéu], Deixe a Menina [Chico Buarque], Sem Compromisso [Nelson Trigueiro/Geraldo Pereira] e Ai, Se Nos Faltarem Essas Mulheres [Márcio Mello]. A trilha musical acompanha os atores no palco, que interpretam as canções ao vivo.
Algumas pérolas como: "Celulite quer dizer: Eu sou gostosa em Braile", "Gato para mim, é cachorro viado", "Viado serve para falar de alguém desconhecido, Gay fala-se com amigo e homossexual quando se é parente", fazem parte do enredo.
A direção é de Fernando Guerreiro, com texto adaptado de Aninha Franco. A produção é assinada por Marlúcia Sie Produções.
Elena Martinez
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