quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Portabilidade contribui para empresas entrarem em disputa acirrada


Operadoras brigam ainda mais pelos seus clientes
Elena Martinez e Maiana Marques

No último dia 24 os baianos que portam DDD 71 e 73 começaram a desfrutar da facilidade de trocar de operadora telefônica e permanecer com o mesmo número, o que possibilita aos clientes de telefonia fixa e móvel manter o antigo número, independente da operadora que esteja vinculado. Todas as telefonias fixas e móveis estão inclusas nesse novo “projeto”. Desde o dia primeiro de setembro que a portabilidade numérica chegou ao Brasil.

Agora, todos aqueles clientes insatisfeitos com suas operadoras de origem podem trocar e manter seu número antigo. A portabilidade numérica veio com o intuito de facilitar a vida dos consumidores, porém essa facilidade não é em vão. Caso haja um plano de fidelidade, o cliente terá de reincidir contrato pagando multa, além de perder todas as promoções que unem fixo, móvel, TV a cabo e internet.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estipulou o valor de R$4, para levar o número de uma operadora para outra. Porém, a operadora receptora pode absorver o pagamento desta taxa. “E isso é exatamente o que tem ocorrido até o momento no Brasil”, afirma Fernando Ornelas, gerente regional da Anatel na Bahia e Sergipe.

“A portabilidade é um momento de grandes oportunidades, não só para fidelizarmos os nossos clientes da base, como também para incentivar os novos clientes, que estão saindo da concorrência em busca de melhores serviços e preços”, conta César Carvalho consultor de soluções - consumer da TIM Salvador.

O serviço já está acessível para 50 milhões de usuários de telefonia móvel e fixa em todo o Brasil e chegou em boa hora para a baiana Silvana Tavares, 29 anos. Embora esteja insatisfeita na sua atual operadora de telefonia móvel, ela conta que não podia migrar para outra prestadora de serviço porque o seu número faz parte do seu ganha-pão. “Sou autônoma e dependo do meu celular para meus clientes me acharem, pois não tenho telefone residencial. Se eu mudasse de número, certamente perderia muito dinheiro”, pontua Tavares, complementando: “Quero ser uma das primeiras clientes a solicitar a portabilidade. Não agüento mais a Claro na minha vida”, finaliza. Até primeiro de março de 2009 toda a região brasileira já estará coberta pela portabilidade fixa e móvel.

Elena Martinez

Um comentário:

André S. Freire disse...

Gostei do assunto abordado. Estava mais do que na hora de desfrutarmos desse serviço. Imagina só o transtorno que é vc fornecer seu nº de celular a diversas pessoas durante anos e depois por qualquer motivo que seja ao mudarmos de operadora termos o trabalhão comunicar as pessoas que estamos com nº novo.
Fala sério, isso tá por fora!